Entrevista traduzida com ARANTXA MELLADO, palestrante que participará do 1˚CONGRESSO INTERNACIONAL DE LIVRO DIGITAL. Ela é diretora geral de Ediciona.com
É a sua primeira vez no Brasil? O que você acha de participar do primeiro
congresso brasileiro de livro digital?
Sim, graças ao convite para o Congresso sobre Livro Digital visitarei o Brasil pela primeira vez. E espero que não seja a última. Muito me interessa a participação nesse Congresso e aprender o que faz- se no Brasil a respeito da digitalização. Por sua vez, espero que a minha pequena contribuição no Congresso seja útil para vocês.
O que pensas a respeito dos direitos editoriais para os e-books?
A questão dos direitos é complicada e delicada. Compreendo a postura defensiva dos editores, que vêem na pirataria uma forte ameaça ao seu negócio, porém acredito que uma atitude muito protecionista acabará sendo prejudicial para eles. A questão de livros digitais é ainda recente e está por ser definida, por isso os autores e editores deveriam ser flexíveis em contratos e tentar colaborar para que a digitalização beneficie à ambos.
Como estão trabalhando as editoras da Espanha com os direitos digitais?
A maioria dos editores espanhóis negociam os direitos digitais nos contratos com os autores e tradutores. O direito digital, ainda sim, é um dos grandes problemas que os editores espanhóis têm na hora de digitalizar, sobre todas as obras do fundo, já que em muitos casos há dificuldade de encontrá-las.
Chegou-se a um acordo com agentes literários em que, para que os livros digitais, não dão adiantamentos aos autores e ofereceu 20% do preço líquido de cada download para um período de dois anos (esse percentual será revisto, dependendo de como o mercado irá analisar.). No entanto, há alguns autores e agentes que se recusam a cooperar.Sendo assim, as vezes os editores confrontam-se com a recusa direta dos autores de que a sua obra seja lida em formato digital, alguns com medo da pirataria, outros pelo desconhecimento do meio digital e outros consideram-no um veículo errado para a leitura. Outras vezes são os próprios agentes literários que não querem ceder os direitos digitais, eles vêem a digitalização como uma ameaça aos seus negócios, pois acreditam que o percentual oferecido aos autores é muito baixo. Um outro problema é o do direito de imagem de interior e da capa, que também deve ser renegociado. O valor dessas imagens está forçando muitos editores a considerar as questões das capas tipográficas para as impressões digitais.
Qual o número de editoras que trabalham com e-books na Espanha?
No término de 2009, 44% das editoras continham menos de 5% de seus catálogos digitalizadas. Nos próximos dois anos o avanço nessa área será notável, embora ao término desse período a oferta de catálogos completos na versão digital será limitada. Em 2011, um terço das editoriais pesquisadas terão digitalizado de 50 % à 100% de seu catálogo, embora apenas 12% disponibilizará o catálogo na íntegra em versão digital.
Que você pensa a respeito do mercado espanhol colombiano de e-books no mundo?
Não conheço o mercado colombiano suficientemente para dar uma resposta. Pelo que sei uma empresa espanhola tem um acordo com editoras colombianas para a conversão das obras em formato digital e sua posterior comercialização se dá através de uma plataforma de distribuição, porém tenho carência de informações sobre a implantação do mercado de e-book na Colômbia.
sábado, 6 de março de 2010
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